26 de jun. de 2011

JOSÉ GRAZIANO DA SILVA, novo Diretor-Geral da FAO

 Graziano da Silva: um diretor-geral de FAO para todos os países
Roma, Itália. 26 de junho de 2011 - José Graziano da Silva foi eleito hoje ao cargo de Diretor-Geral da FAO - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO, ao receber um total de 92 votos dos 180 emitidos no segundo turno.
"A partir de agora não sou um candidato brasileiro, mas o Diretor-Geral eleito de todos os países", Graziano da Silva afirmou, emocionado, num rápido discurso à 37ª Sessão da Conferência da FAO depois da votação.
Graziano da Silva assumirá o cargo de Diretor-Geral no dia 1º de janeiro de 2012.
O Diretor-Geral eleito reafirmou seu compromisso com a erradicação da fome no mundo e citou Betinho, lembrando que "quem tem fome tem pressa".
Graziano da Silva explicou que essa foi a razão porque insistiu, durante toda a campanha, na necessidade de chegar a consensos e acordos que permitam avançar mais rapidamente rumo à erradicação da fome.
Ele também comparou os esforços contra a fome com a erradicação da peste bovina, feito histórico que se celebra esta semana em Roma.
"Teríamos alguma coisa a comemorar se o objetivo proposto tivesse sido reduzir a peste bovina à metade?" perguntou o candidato.
Graziano da Silva também agradeceu ao Governo do Brasil por ter proposto seu nome e aos países que apoiaram a candidatura na América Latina e Caribe, África e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o G-77 que se uniu em torno de seu nome no segundo turno.
Afirmando que esta não foi uma eleição do Norte contra o Sul, mas um exercício democrático legítimo, Graziano da Silva também felicitou a seus adversários na disputa – o austríaco Franz Fischler, o espanhol Miguel Ángel Moratinos Cuyaubé, o indonésio Indroyono Soesilo, o iraniano Mohammad Saeid Noori Naeini y o iraquiano Abdul Latif Rashid – e revelou que já havia contatado-os individualmente com o objetivo de pedir seu apoio no trabalho que terá pela frente.
O Diretor-Geral eleito também agradeceu aos que "não votaram": os funcionários da FAO e a sociedade civil que é "tão importante na luta contra a fome".  
Foto: FAO/Giulio Napolitano